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CDL’s do Espírito Santo enviam minuta ao governador Renato Casagrande
O documento contém propostas para que o comércio reabra, impreterivelmente, no dia 01 de abril, pois garante que o setor não suportará a continuidade da quarentena.
A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Espírito Santo-FCDL-ES, representada por Celso Luiz Costa, presidente da entidade, enviou nesta quarta-feira, 24 de março, uma minuta ao governador Renato Casagrande contendo propostas para reabertura do comércio após a quarentena que finda no próximo dia 31 de março de 2021.
A elaboração do documento se deu após reunião por videoconferência com as 58 CDL’S do Estado do Espírito Santo, por mais de duas horas, debatendo e colhendo o sentimento e percepção de todos acerca da quarentena decretada pelo Governo do Estado do Espírito Santo, que teve início no último dia 28.
Segundo os representantes dos comerciantes do ES, o comércio vem cumprindo todas as determinações da OMS e do Ministério da Saúde no que diz respeito à prevenção da transmissão do vírus da Covid-19, como: disponibilização de álcool em gel para os clientes e empregados, uso de máscaras tanto pelos empregados quanto pelos clientes, marcação no interior das lojas para cumprimento do distanciamento social, limitação da quantidade de clientes dentro das lojas de acordo com a área em metros quadrados.
E reforçam que não existe nenhum estudo ou comprovação de que a atividade comercial seja vetor de transmissão da Covid-19.
Impactos
A federação também listou no documento os impactos negativos que a quarentena vem trazendo para os comerciantes e seus colaboradores nos âmbitos financeiro, psicológico e empregatício. E, ao contrário da quarentena adotada pelo governo federal no início do ano passado, a quarentena decretada pelo governo estadual não ampara o afastamento sem remuneração, a redução do valor dos salários, nem concede nenhuma ajuda financeira para manutenção dos empregos.
A entidade acredita que o comércio do estado não suportará eventual continuidade da quarentena.
Agravamento
Na minuta, a federação frisa ainda que o agravamento da pandemia se deveu às comemorações do período do carnaval, às aglomerações nas praias e nas festas clandestinas, nas portas dos bancos e principalmente à lotação no transporte público, em todos os casos sem obedecer ao distanciamento e uso de máscaras e sem a devida fiscalização dos órgãos competentes.
Com isso, os presidentes das CDL’s de todo o Espírito Santo reivindicam a retomada das atividades comerciai, impreterivelmente, no dia 01 de abril de 2021. E para isso solicitam que sejam seguidas medidas quanto à prevenção do Coronavírus.
MEDIDAS A SEREM ADOTADAS
– Permanência da exigência do uso de máscaras, do álcool gel, adoção do distanciamento social e número máximo de clientes no interior dos estabelecimentos por metro quadrado, exigindo que cada estabelecimento afixe cartaz na porta de entrada, informando quantos clientes podem permanecer no interior do estabelecimento.
– Adoção de horário diferenciado para abertura e fechamento dos estabelecimentos comerciais como forma de evitar a superlotação no transporte público, como por exemplo: determinados ramos de negócio abririam uma hora mais cedo e fechariam uma hora mais cedo, outros abririam uma hora mais tarde e fechariam uma hora mais tarde evitando, assim, o deslocamento de todos os passageiros em um mesmo horário.
– Fechamento de todos os estabelecimentos comerciais nos domingos, excetuando as farmácias de plantão.
– Proibição de frequência nas praças e áreas de lazer públicas.
– Proibição de acessar aos ônibus sem o uso correto de máscara.
– Proibição de passageiros viajarem em pé no transporte coletivo.
– Proibição de aglomerações em geral, em particular as festas clandestinas, com monitoramento on-line das redes sociais onde divulgam o local e horário das festas, como forme de evitá-las.
– Manutenção do distanciamento social nas praias.
– Continuidade do funcionamento das instituições de ensino de forma on-line.
– Antecipação dos feriados que ocorrerão até o final do ano, para que na data que ocorreriam o comércio possa funcionar, compensando, assim, estes dias parados.
– Aumento efetivo dos leitos de UTI e de enfermarias, principalmente nas cidades que recebem pacientes de outros municípios.
– Adoção de medidas diferenciadas para os municípios menores, pois entendemos que para municípios de 15 a 40 mil habitantes, não podem ser adotadas as mesmas medidas restritivas de um município de 300 mil habitantes. Se possível adotar as medidas de acordo com o grau de risco de cada município e não de forma global para todo o Estado.
Desemprego
A federação reforça sua preocupação caso a quarentena seja ampliada nos moldes atuais, pois o comércio não suportará e grande parte será obrigada a demitir seus funcionários e fechar os estabelecimentos de forma definitiva, aumentando o desemprego, diminuindo a arrecadação e causando o caos social.
“Quem está trabalhando de forma responsável, com distanciamento, máscara, álcool gel e limitação de clientes dentro do estabelecimento, não pode pagar a conta dos irresponsáveis. Se restar provado cientificamente que o aumento do contágio é culpa do comércio, estamos dispostos a mudar de opinião”, diz a minuta.
As CDL’s afirmam que buscam a preservação da vida, dos empregos e a justiça social.
Agora a federação aguarda um posicionamento do governador.
Por Tatiane Serafim – Assessora de Comunicação CDL Linhaares
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